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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A estrada da vida


O avanço tecnológico nos permite ver e localizar várias partes do mundo em tempo real. Podemos saber, com uma precisão quase exata quantos quilômetros faremos em determinado tempo. Isso nos dá segurança, nos permite planejar.

Todavia, a estrada da vida de cada um continua uma incógnita. Planejamos, sim, mas sem poder afirmar quantos quilômetros poderemos ainda percorrer e nem o tempo que teremos para isso. Claro, esse desconhecimento do caminho não nos impede de ir adiante. Mas, por outro lado, faz por vezes com que nos esqueçamos que não temos todo o tempo do mundo e vamos adiando certas pequenas coisas, talvez nem tão importantes em si, mas que nos fariam felizes.

Alguém me disse outro dia que o sonho de uma pessoa conhecida mundialmente e que deixou o mundo cedo de mais era ir à Disneyland. E essa pessoa me disse: "Por que será que nunca foi?" Eu respondi que era porque essa pessoa sempre achava que teria tempo para isso e deixava para amanhã, para o ano próximo ou, quem sabe ainda, para a velhice. Velhice essa que nunca alcançou...

A vida é uma estrada e cada minuto passado é irrecuperável. Cada sonho que temos, simples ou extraordinário, é um futuro que colocamos no coração. É um pedacinho de felicidade que almejamos e que, por vezes, pensamos poder deixar de lado para as outras prioridades da vida.

É possível que estejamos deixando a verdadeira felicidade para depois, como quem guarda o melhor para o fim, sem pensar que esse fim pode vir antes do que se espera ou que o cansaço da própria vida cause desânimo. Assim, os sonhos continuam sonhos, quimeras, felicidades impossíveis, intocáveis.

E o hoje passa que nem percebemos. Dizemos que a semana correu, o mês correu, o ano correu. E nós? Permanecemos nós, carregando muitos dos nossos sonhos feito balões suspensos por uma linha, pensando que amanhã ou depois os traremos para mais perto, que poderemos tocá-los e senti-los. E nem pensamos que uma hora ou outra nossas mãos se abrem e o vento carrega a vida que não vivemos.

A estrada da vida, mesmo que na nossa frente, continua uma incógnita. Mas somos nós os passantes.

E se nosso sonho é uma flor, que a colhamos! Se é uma viagem, que a façamos com o maior prazer! Se é estar com alguém, que estendamos então nossas mãos e apressemos nossos passos!

Não sei o que virá depois da próxima curva. Mas o que sei é que antes dela, cada um deve procurar fazer-se feliz. Depois, virá o que vier...