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sábado, 1 de dezembro de 2012

Não se paralise pelo passado…


Há muito tempo ouvi a história das cidades Sodoma e Gomorra… Sobre como foram destruídas pelo fogo e como os anjos retiraram Lot e sua família dando ordens de seguirem sempre em direção às montanhas, sem olhar para trás, pois se o fizessem, correriam o risco de virar pedra… E fiz uma ligação com o que acontece quando alguém fica fixado a um passado que já passou e não volta mais: vira pedra, fica paralisado por algo que não pode ser mudado, e assim, não tem mais presente nem futuro…

É certo que há momentos na vida em que, simplesmente, não conseguimos deixar “as coisas irem embora”: dores, mágoas, traição, frustração, culpa, desilusão, tristeza, etc., mas ao permitir que estes sentimentos engulam o prazer da vida, somos obrigados a tê-los conosco durante muito tempo e, nalguns casos, para o resto da vida.
É tempo de percebermos que aprender com o passado e viver com ele ou dependente dele, são duas coisas diferentes e há apenas duas escolhas: ou você aprende com o que lhe sucedeu, aceitando a realidade dos fatos, encarando todos os sentimentos e fazendo algo para mudar ou vive com isso para o resto da sua vida e toma o caminho da vitimização, mantendo as memórias dolorosas e punindo-se sempre que fechar e abrir os olhos. A escolha é sua!

O texto abaixo extraído do livro: Você pode curar sua vida, de Louise Hay, nos trás excelentes reflexões sobre este tema.

Deixando o passado nos segurar

«Muitas pessoas me dizem que não podem desfrutar o presente por causa de algo que aconteceu no passado:
Como não fizeram alguma coisa no passado, não podem viver plenamente hoje.
Como não têm mais algo que tinham no passado, não podem se divertir atualmente.
Como foram magoadas no passado, não aceitam o amor agora. Como algo desagradável aconteceu quando fizeram determinada coisa no passado, têm certeza de que ela acontecerá de novo hoje. Como uma vez fizeram algo que lamentam, estão certos de que serão pessoas más para sempre.
Como um dia alguém lhes fez algo, acusam essa pessoa por não ser como gostariam.
Como se enraiveceram por causa de uma situação no passado, mantêm-se indignados.
Como numa antiga experiência foram maltratados, nunca esquecerão ou perdoarão.

Como me saí muito mal naquela prova, ficarei eternamente apavorado quando tiver outros exames.
Como meu primeiro relacionamento terminou, nunca mais estarei aberto ao amor.
Como uma vez fiquei magoado com uma crítica, nunca mais confiarei em ninguém.
Como eu era pobre quando criança, jamais serei bem-sucedido.

O que frequentemente nos recusamos a perceber é que mantermo-nos presos ao passado – não importa qual tenha sido e por mais terrível que tenha sido – só magoa a nós mesmos. “Eles”, na verdade, não se importam. Geralmente “eles” nem têm consciência do que fizeram. Estamos apenas nos prejudicando ao nos recusarmos a viver ao máximo o momento presente.

O passado é passado e não pode ser mudado. O único instante que podemos vivenciar é o momento presente. Mesmo quando reclamamos sobre o passado estamos somente vivenciando a lembrança que temos dele neste momento e com isso perdendo a real experiência do momento presente.

Limpe o passado de sua mente! Solte os sentimentos ligados a ele! Permita que as lembranças sejam apenas lembranças.
Torne-se livre para desfrutar o instante presente e criar um grande futuro!

Como pode fazer isso? Faça uma lista das coisas que está disposto a soltar. Qual a intensidade de sua disposição? Note suas reações. O que você terá de fazer para se libertar desse envolvimento? Qual o seu nível de resistência?

O passo seguinte é o perdão. Perdoar a nós mesmos e aos outros nos liberta do passado. Quando estamos empacados num certo ponto significa que precisamos perdoar mais. Quando não fluímos livremente com a vida no momento presente, em geral estamos nos agarrando a um instante passado. Pode ser pesar, tristeza, mágoa, medo, culpa, raiva, ressentimento e, às vezes, até o desejo de vingança. Cada um destes estados vem de um espaço onde não houve perdão, de uma recusa em desprender as emoções e vir para o momento presente.

O amor é sempre a resposta para qualquer tipo de cura, e o caminho que leva ao amor é o perdão. Perdoar dissolve o ressentimento.

Segue um pequeno exercício para aprender o perdão:

Faça este exercício em voz alta. Sente-se numa posição confortável, com os olhos fechados e diga: “A pessoa que preciso perdoar é ___________ e eu lhe perdoo por __________”.
Repita várias vezes. Você terá de perdoar por muitas coisas, outras apenas por duas ou três. Imagine agora a pessoa perdoada falando isto: “Agradecido(a), eu posso libertar você agora”. Pratique o exercício por cinco ou dez minutos. Procure no fundo do seu coração as injustiças que você ainda abriga e depois liberte-as. Então, volte a atenção para si mesmo e diga em voz alta: “Eu me perdoo por __________”. Faça isto por mais cinco minutos.
Estes exercícios são poderosos e devem ser feitos pelo menos uma vez por semana para limpar a sujeira mental restante. Algumas experiências se soltam com facilidade, outras têm de ser raspadas pouco a pouco, até que repentinamente, um dia, elas se desprendem e se dissolvem.»


Vamos lá, use o passado a seu favor e não contra si!

Márcia de Lucena Saraceni